Fragmentado (filme)
Título original: Split
Elenco: James McAvoy, Anya Talyor-Joy
Direção: M. Night Shayamalan
Gênero: Terror/Suspense psicológico; Drama
Estréia: 23 de Março de 2017
Duração: 117 minutos (1 hora e 57 minutos)
Indústria Cinematográfica: Universal Pictures
Classificação: 4/5
Ontem fui ao cinema assistir esse filme que - talvez devido a grande divulgação - estava me fazendo ficar ansiosa já, louca para ir ver. Bom, o longa conta, sobre a perspectiva de uma 3ª pessoa, a estória de três adolescentes que são sequestradas por Kevin, personagem que sofre de um Transtorno Dissociativo de Identidade (TDI) - também conhecido por Transtorno de Múltiplas Personalidades - no qual 23 diferentes personalidades estão presentes em seu corpo.
Antes de mais nada gostaria de destacar como a atuação do James, o protagonista, foi excepcional. O ator conseguia fazer com que o telespectador percebesse, mudando apenas algumas expressões faciais, qual a personalidade em que se encontrava, principalmente na do Hedwig, pois ao meu ver, por ser a identidade de uma criança de 9 anos - o que altera, portanto, seu jeito de falar, andar e pensar - seria a mais difícil de ser interpretada.
O thriller, na verdade, passa a maior parte do tempo do longa centrado mais em um suspense psicológico, com o foco da doença de Kevin e do que a causou, ao mesmo tempo em que começa a revelar a vida de uma das vítimas e o por que dela ser a única a quase não demonstrar nenhuma reação durante o filme inteiro, mesmo com todos os acontecimentos, que a caracteriza, desde a primeira cena, ser muito estranha.
O thriller, na verdade, passa a maior parte do tempo do longa centrado mais em um suspense psicológico, com o foco da doença de Kevin e do que a causou, ao mesmo tempo em que começa a revelar a vida de uma das vítimas e o por que dela ser a única a quase não demonstrar nenhuma reação durante o filme inteiro, mesmo com todos os acontecimentos, que a caracteriza, desde a primeira cena, ser muito estranha.
Sempre que assisto um filme como este, que traz algo de bastante interessante em sua temática, algo que me intrigue, gosto de ir pesquisar e mostrar a vocês as informações que obtive. Primeiramente, algo que fiquei me questionando ao longo do filme, que acho que como todo mundo, é se alguém poderia, de fato, ter tantas personalidades assim como o protagonista, se isto seria possível... E a resposta é que já existiu uma mulher diagnosticada com 92 personalidades. O nome dela é Truddi Chase's, o que gerou a criação das diversas identidades foi o fato de ter sido estuprada pelo seu padrasto desde que tinha 2 anos (esse distúrbio ocorre, em sua maioria, devido a acontecimentos como estes de abuso durante a infância), descobrindo logo após da entrevista que deu à Oprah (clique aqui para ver na íntegra), também ter sido por sua mãe.
Entretanto, foi a história de Billy Milligan que serviu de inspiração para o longa. Ele ficou conhecido por ser o primeiro indivíduo com tal transtorno a ser solto, após condenado pelo sequestro e estupro de três jovens, com a defesa de ter sido não ele, mas duas de suas 23 personalidades, as infrigentes da lei.
Muito confundido com a esquizofrenia e com a bipolaridade, tal distúrbio psicológico, diferente dos demais, é caracterizado, como mostra o longa, pela criação real de uma ou várias outras personalidades pelo indivíduo que a possui: com pensamentos diferentes, memórias diferentes (o que têm como consequência lapsos temporais quando "encarnada" outra identidade, que faz com que não se lembre de nada ocorrido), atitudes, desenvolvimentos artísticos e físicos, dentre outros, divergentes.
INÍCIO DOS SPOILERS
Acredito que o ponto alto do filme tenha sido a exploração de temas como o transtorno de múltiplas personalidades e o estupro, ambos de forma bem chocantes. Apesar de triste, adorei o que aconteceu no final do longa com a Casey, pois infelizmente mostra realmente o que é vivenciado na maioria dos casos de estupro, o que dá maior visibilidade a causa. Segundo especialistas, bem como popularmente já se deve saber, a maioria dos casos de violência sexual ocorre dentro da própria família da vítima, em seu círculo mais próximo de pessoas, sendo inclusive em sua maioria o próprio pai, tio, avô ou padrasto da vítima. Casos como o da personagem, ao qual não tem para quem recorrer, a mesma acaba sofrendo do abuso por anos e anos.
Apesar de ter achado incrível a criação da 24ª personalidade e principalmente o fato dela ser canibal - o que explora toda a real mudança física, moral e pisco que é possível de acontecer com alguém com tal distúrbio - em contra partida, por trazer muito da realidade, não gostei muito do final devido ao exagero do roteiro em criar um personagem "imortal", que escala paredes, etc. O que ok, fez com que o filme saísse do suspense psicológico para o terror, mas que achei desnecessário, quebrando todo o clima que havia sido imposto de "vida real" ao longa. Seria o mesmo que, no final do filme do Hannibal, colocá-lo para se teletransportar para outros lugares, por exemplo, ou agindo de qualquer outra maneira sobrenatural.
FIM DOS SPOILERS
São as misturas das estórias, bem como o envolvimento dos personagens, que fazem com que o telespectador se sinta preso ao filme, aos protagonistas, com curiosidade de descobrir o desfecho, um tão quanto inesperada da trama, que acaba também deixando um gostinho de "quero mais".
Eis aqui uma curiosidade: para os que ainda não assistiram e para os que, assim como eu, não compreenderam uma das partes finais do longa, deve-se ter conhecimento que o filme, em sua verdade, é a continuação de uma outra obra do mesmo diretor, intitulado "Corpo Fechado" - mas que não possui ligação alguma com o primeiro até agora. Segundo o diretor, o plano é que ambas as obras se conectem em um terceiro filme, que ainda será lançado.
Entretanto, foi a história de Billy Milligan que serviu de inspiração para o longa. Ele ficou conhecido por ser o primeiro indivíduo com tal transtorno a ser solto, após condenado pelo sequestro e estupro de três jovens, com a defesa de ter sido não ele, mas duas de suas 23 personalidades, as infrigentes da lei.
Muito confundido com a esquizofrenia e com a bipolaridade, tal distúrbio psicológico, diferente dos demais, é caracterizado, como mostra o longa, pela criação real de uma ou várias outras personalidades pelo indivíduo que a possui: com pensamentos diferentes, memórias diferentes (o que têm como consequência lapsos temporais quando "encarnada" outra identidade, que faz com que não se lembre de nada ocorrido), atitudes, desenvolvimentos artísticos e físicos, dentre outros, divergentes.
INÍCIO DOS SPOILERS
Acredito que o ponto alto do filme tenha sido a exploração de temas como o transtorno de múltiplas personalidades e o estupro, ambos de forma bem chocantes. Apesar de triste, adorei o que aconteceu no final do longa com a Casey, pois infelizmente mostra realmente o que é vivenciado na maioria dos casos de estupro, o que dá maior visibilidade a causa. Segundo especialistas, bem como popularmente já se deve saber, a maioria dos casos de violência sexual ocorre dentro da própria família da vítima, em seu círculo mais próximo de pessoas, sendo inclusive em sua maioria o próprio pai, tio, avô ou padrasto da vítima. Casos como o da personagem, ao qual não tem para quem recorrer, a mesma acaba sofrendo do abuso por anos e anos.
Apesar de ter achado incrível a criação da 24ª personalidade e principalmente o fato dela ser canibal - o que explora toda a real mudança física, moral e pisco que é possível de acontecer com alguém com tal distúrbio - em contra partida, por trazer muito da realidade, não gostei muito do final devido ao exagero do roteiro em criar um personagem "imortal", que escala paredes, etc. O que ok, fez com que o filme saísse do suspense psicológico para o terror, mas que achei desnecessário, quebrando todo o clima que havia sido imposto de "vida real" ao longa. Seria o mesmo que, no final do filme do Hannibal, colocá-lo para se teletransportar para outros lugares, por exemplo, ou agindo de qualquer outra maneira sobrenatural.
FIM DOS SPOILERS
São as misturas das estórias, bem como o envolvimento dos personagens, que fazem com que o telespectador se sinta preso ao filme, aos protagonistas, com curiosidade de descobrir o desfecho, um tão quanto inesperada da trama, que acaba também deixando um gostinho de "quero mais".
Eis aqui uma curiosidade: para os que ainda não assistiram e para os que, assim como eu, não compreenderam uma das partes finais do longa, deve-se ter conhecimento que o filme, em sua verdade, é a continuação de uma outra obra do mesmo diretor, intitulado "Corpo Fechado" - mas que não possui ligação alguma com o primeiro até agora. Segundo o diretor, o plano é que ambas as obras se conectem em um terceiro filme, que ainda será lançado.
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